sexta-feira, 13 de julho de 2012

Lembranças da minha querida vovo´



Além de fazer parte da nossa história e das nossas lembranças de infância, é sempre uma delícia estar em família e reviver essa atmosfera típica de interior… Fogão a lenha, pomar no quintal, paz no espírito.Casa de interior sempre tem muitas flores

sempre carregadas de beleza:







Destaque flores e frutas





A casa sempre cheia e a mesa sempre farta de comida, conversa e carinho. Zelo e dedicação nos pequenos detalhes: no cafe da manha



Em minas onde se passa tem alguém com mãos de fada com seus deliciosos quitutes



Em todo cantinho de Minas tem algumas mãos de fada para atender aos nossos desejos



E este quintal com horta...mato..trilhas e frutas...



Ou um chá de hortelã ou um cheirinho verde para a panela da galinha....



Só faltou a banda de música, o algodão doce e ser domingo...


Frutas a perder de vista

Em um canto do quintal, lenha para o fogão e, na cozinha, comida cheirando na panela. Por que comida feita em fogão a lenha parece sempre mais cheirosa?

A panela que está no fogão é de mocotó para geleia. a linguiça secando do lado saudades ..
por aqui todas as casa tem um fogão a lenha e O almoço la fora com todo carinho





pela manhã sai quentinho do forno o famoso biscoito
A receita, feita à base de polvilho (goma), passa de geração em geração e mantém viva essa tradição regional. Mineira

Avó é igual a café passado na hora com bolo bem quentinho. Só quem teve e viveu em casa da avó sabe o que é isso. Avó é um estado de ser despreocupado e leve com a vida. Apesar do peso da crueldade do tempo, parece que os anos passados foram deixando elas mais leves.

É muito bom ter avó. Aquela pessoa que não liga mais para as grandes questões da vida. São pessoas que se preocupam mais com o seu beijo e abraço do que saber se você passou naquele concurso, na prova do vestibular e outras enfermidades que a vida “séria” nos leva. Vó não quer saber disso, porque essa tarefa da criação depende dos pais. Vó serve é para estragar os netos. Estragar com excesso de mimos, beijos, carinhos, doces, bolos, e aquele café quentinho sempre pronto na mesa.

Vó é mãe em dobro. Vó é saudade de olhar no portão o neto ir embora, porque os compromissos da semana estão chegando. Vó é sensação de estar de férias eternamente. É final de semana elevado ao infinito. Quem teve ou tem avós sabe do que estou falando.

Vó é sinal de cidade pequena, de lugares onde o ar é mais puro e as pessoas ficam no portão, se conhecem e se cumprimentam com cordialidade ancestral. Vó é o olhar aprofundado da vida que sabe extrair o simples dos problemas mais complicados do mundo. Sempre com um sorriso e com uma voz mansa de quem já deu voltas no universo e viu que ele é infinito, e que não adianta viver de fadiga e ansiedade.

Por isso que vó nunca liga pro troco quando te pede para ir comprar uma coisa na rua. Por isso que vó nunca reclama quando você pede algo a ela. Seja passar um café fresquinho, fazer um bolo ou tentar convencer seus pais de alguma coisa.

Avó se conjuga com saudade e café à tarde, com uma casa simples na calçada e gente do interior sempre passageira, sempre cheia de universo.

Para quem não tem mais avós, fica a lição, de que a vida está contida em um universo infinito, e que de nada vale calejar os dedos e o olhar para tentar conquistá-lo.

Os avós, geralmente não servem mais para coisas úteis. São velhos e tratados pelos filhos “adultos” como crianças. E eles às vezes não ligam para isso. Por que só quem é avó passou pela experiência de ver sua geração se perpetuando sabe e tem gosto de ver sua vida continuando através de outra . Só quem é avó passa pela experiência da ancestralidade, que é comum aos seres humanos em qualquer cultura.

As avós são pacientes, porque perceberam que a vida é longa, que do fio que nos conduz através do tempo não se pode avistar o seu final. Que a chama da vela acesa, em cima da mesa, azul e bruxuleante, fica ali, fraquinha e qualquer vento forte pode apagá-la. Qualquer resfriado pode por fim à chama. Por isso ser avó é ter essa leveza do espírito, de deixar de ligar para as coisas e se largar nos braços da vida.

Elas sabem esse segredo milenar. Ainda não contaram para seus filhos, porque esses ainda não conseguem compreender o mistério do mundo. Precisam virar avós. Apenas aos netos são segredadas a arte que as cãs trazem à vida, de saber ver o mundo bater em outro tempo, de ver o universo correr na velocidade do sol e não ter nenhum espanto com isso.

Me orgulho muito de não ter nome importante na família. Tão pouco nenhuma herança financeira. Porque descobri a riqueza das minhas origens. De onde o fio da minha vida que antecede a ela mesma, veio passando e passando ao longo do tempo até chegar aqui. E de saber que ele não para.

Ir passar esse dia na cidade de minha avó paterna me causou tudo isso. Essa afetação de hoje. Esse sentimento de continuidade e de conhecer de onde veio a minha vida. E fiquei feliz por saber que vim de lugar tão simples, tão calmo e tão bonito de se ver. De um lugar onde as pessoas se olham, onde a eternidade está em tudo, nos pássaros da praça, nas crianças que correm, no queijo caseiro e nas torradinhas fresquinhas que se encontram em qualquer esquina. Que bom que trago tudo isso dentro de mim. Que bom que não me perdi em meio à racionalidade técnica. Que bom que meus pés ainda estão sujos de barro e que ainda sinto meu coração pulsar forte na cidade do interior. Na cidade onde ainda se é possível ver os avós na calçada. Hoje, a tarde vai deixar de contar com menos uma dessas avós.

Espero poder um dia levar esse fio de volta, reatando ele nas tardes da calçada.

O fio continua sendo tecido, bordado e desfiado com café, bolo e outros doces.

Escrevo com lágrimas esse texto, me despedindo da minha última avó. Saudades neste dia. Que o Senhor do universo a acolha carinhosamente em seus braços, maternal e cuidadoso como vocês sempre foram com a gente. esta farofinha ela fazia vai a receita pro seis Farofa de banana que fiz hoje

Ingredientes

uma colher de sopa de óleo
dois dentes de alho picados
uma cebola media picada
duas bananas da terra
uma xícara de farinha de mandioca
sal a gosto
uma colher de sopa de manteiga
cebolinha picada

Preparo

Fritar as bananas e reservar, em uma panela colocar o óleo,
o alho, dar uma refogada e por a cebola, juntar a farinh o sal e a manteiga.
Juntar as bananas, e a cebolinha verde.



Banana frita

Tem sabor de infãncia.




Está ai é uma sobremesa de infãncia, minha mãe sempre levava frutas a mesa durante as refeições, pode ser laranja cortada a moda feijoada e geladinha.
Bananas sempre vão bem a mesa, quem nunca comeu banana nanica com arroz branquinho?
É uma delícia.
Ainda pode ir a mesa abacaxi.
Mas cuidado não são todas as frutas que podemos comer após as refeições.

Vizinhança se reúne para ganhar um pouco do que colhemos aqui no sitio

2 comentários:

  1. Adorei cada detalhe deste post!! As palavras sinceras e verdadeiras, as imagens divinas...não tenho mais avó, mas é bem assim!! Concordo com tudo o que aqui foi dito!! Principalmente agora, que também já sou vó!

    Tenha um fim de semana iluminado!!
    Beijinhos!!♥

    ResponderExcluir
  2. Nossa que saudade da infância, farofa de banana é tudo de bom... é um prato tipico daqui onde moro *-*


    Passando para lhe oferecer um selinho de agradecimento e convidar para conhecer a "mascote" do blog. :)

    http://mundodeisia.blogspot.com.br/2012/07/mundo-de-isia-20.html


    Beijoss

    ResponderExcluir

Que bom que veio aqui espero que goste deste cantinho mineiro..